Ministério do Esporte Entrevista: dirigente do rúgbi destaca governança profissional em novo estatuto
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Entrevista: dirigente do rúgbi destaca governança profissional em novo estatuto

Ela tem poucos anos de vida, mas já é um exemplo de governança esportiva. Criada em janeiro de 2010, a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) tem estrutura semelhante às melhores empresas no quesito governança e transparência da administração. Na última semana, a entidade deu mais um grande passo, aprovando em Assembleia Geral seu novo estatuto por unanimidade. "Foi um grande divisor de águas. Eu não conheço a fundo o trabalho que as outras confederações fazem na gestão, mas eu garanto que o que nós introduzimos na CBRu, sem dúvida, é um modelo único e inédito na administração do esporte nacional", analisou o presidente da confederação, Sami Arap.    

Ex-jogador da seleção, Arap foi um dos poucos jogadores brasileiros que se destacou no exterior. À frente da entidade desde a sua criação, o presidente tem como meta popularizar um esporte que até o momento é pouco praticado no país.  Atualmente, a entidade é reconhecida internacionalmente pelas metas ambiciosas e pela gestão. "Enquanto as outras confederações de rúgbi pelo mundo estão pensando em fazer torneios e cuidar de atleta, a CBRu terceirizou a formação de atletas, no que tem mais excelência no mundo, com o convênio assinado com a Nova Zelândia, e concentramos os esforços na governança coorporativa", explica.

Envolvendo executivos de mercado no projeto da confederação, a entidade ganha credibilidade junto aos patrocinadores e futuros investidores. Confira abaixo a entrevista realizada com Sami Arap sobre o modelo de gestão adotado para desenvolver o rúgbi no país.


ME - A confederação tem menos de três anos. Quais foram os pontos que pautaram a criação da entidade?
Até dezembro de 2009, a entidade se chamava Associação Brasileira de Rugby, uma entidade sem fins lucrativos em forma de associação. No final de 2009, foi feita uma proposta de envolver ex-jogadores, inclusive da seleção brasileira, para a proposta de profissionalizar a gestão do esporte, no embalo dos Jogos Olímpicos de 2016.

Entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, nós transformamos a associação em Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), já com estatuto muito profissionalizado. Quando assumimos a confederação no início de 2010 já éramos pautados pelos melhores princípios de governança: com eleições conforme a Constituição Federal, com a possibilidade de reeleição por meio de processo democrático.    

ME - Mesmo com estatuto recente, por que a necessidade de aperfeiçoar a gestão da entidade?
Entre 2010 e 2012, nós percebemos que nós podíamos e devíamos aperfeiçoar a gestão da governança do rúgbi. Nesse caminho, até por demanda dos nossos patrocinadores, que exigem esse profissionalismo para repassar os valores substanciais para o desenvolvimento e para o alto rendimento do esporte.  

ME - Como a confederação estruturou a entidade?
Primeiro, contratamos uma consultoria internacional, que tem presença no Brasil, para termos uma visão em 360 graus do que seriam as melhores práticas. Investimento, gestão, nível técnico, recursos humanos, finanças, enfim, tudo que está em torno do esporte. Uma vez definido e estruturado um plano de negócios, estipulamos metas de desempenho e indicadores de aferição para curto, médio e longo prazo.

ME - Como foi o processo de aperfeiçoamento do estatuto?
Passamos a estudar as mudanças no estatuto com a criação de um conselho de administração, que funciona como se fosse de uma empresa que está na bolsa de valores, e de uma diretoria executiva pequena.

As diretrizes serão dadas pelo conselho de administração e a diretoria executiva vai ser como um supervisor e executor do plano que estará nas gerências. Nós temos várias gerências e elas também serão estimuladas pelos comitês específicos. Por exemplo, o comitê de desenvolvimento técnico, de captação de recursos e marketing.

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ME - Como isso funciona?
Todos esses órgãos são compostos por membros independentes e membros dos clubes e federações. Temos uma mescla de executivos de mercado, que entendem de administração de negócio e consequentemente captação de recursos, marketing.

Começamos a fazer essa mescla, preservando o interesse dos clubes e das federações, que são os grandes formadores de atletas e que são responsáveis pelo calendário de eventos. Tudo isso nós conseguimos empacotar ao longo de 2012 em várias discussões e reuniões. Assim, reunir profissionais de mercado gera credibilidade no setor.

ME - Qual é o retorno esperado com o novo estatuto?
Acreditamos que o retorno é imediato. Por exemplo, ao longo desse fim de semana, quando concedemos entrevista na imprensa, eu já recebi e-mails de patrocinadores nos parabenizando pela atitude inédita, sabendo que isso gera uma transparência imediata. Não só uma transparência pelo mecanismo que você está sujeito agora, mas também no futuro.

ME - Como os patrocinadores privados enxergam essa profissionalização?
Eu não tenho dúvida que empresas que desconhecem a administração do esporte, mas que têm interesse em investir, na hora de tomar uma decisão, elas irão ouvir falar do rúgbi. Elas podem não ter ouvido falar do rúgbi como esporte, mas saberão que a confederação tem as melhores práticas de governança.

Acreditamos que vamos sentir um maior interesse de patrocinadores e organizadores de eventos nos procurando, como já tem acontecido. Eles sabem que nós tínhamos boas práticas e que nós melhoramos com a introdução do novo estatuto.

Confira matéria em áudio:


Breno Barros
Foto: Divulgação/CBRu

Ascom - Ministério do Esporte
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