Ministério do Esporte Depois do vice em 2013, Robson Conceição agora quer ouro no Mundial
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Depois do vice em 2013, Robson Conceição agora quer ouro no Mundial

Foi em clima de festa que o boxeador baiano Robson Conceição retornou da Venezuela, em agosto, com a medalha de ouro do Campeonato Continental. O motivo da alegria ia além da cor dourada do prêmio. Primeiro, o resultado garantiu uma vaga no Campeonato Mundial Masculino, que será disputado em Doha, no Catar, entre os dias 5 e 15 de outubro.

Mas o que teve um significado ainda mais especial para Robson foi a forma como o ouro foi conquistado, em cima de um velho rival, o cubano Lázaro Alvarez. O rival foi o responsável, em 2013, pela derrota do brasileiro na decisão do Campeonato Mundial, disputado em Almaty, no Cazaquistão.

Agora, embalado pelo triunfo na Venezuela, o baiano, atual líder do ranking do mundial, embarcou para a Alemanha, onde fará, ao lado de outros três atletas do Brasil – Robenilson de Jesus (56 kg), Juan Nogueira (91 kg) e Rafael Lima (+91kg) – a aclimatação para o Mundial de Doha. No Catar, além de lutar para conquistar o ouro, Róbson quer atingir um outro objetivo: garantir a vaga para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Robson Conceição, em ação nos Jogos de Olímpicos de Londres 2012 (esquerda, de azul) e de Pequim 2008 (de vermelho). Fotos: Jamie McDonald/Getty Images e Jonathan Ferre/Getty ImagesRobson Conceição, em ação nos Jogos de Olímpicos de Londres 2012 (esquerda, de azul) e de Pequim 2008 (de vermelho). Fotos: Jamie McDonald/Getty Images e Jonathan Ferre/Getty Images

Por ser país-sede, o Brasil já tem cinco vagas asseguradas no masculino e uma no feminino para torneio olímpico de boxe. A definição dos atletas por parte da Confederação Brasileira de Boxe (CBB) só será feita depois de abril, após o último torneio Pré-Olímpico. Mas Robson prefere não esperar. “Mesmo que o Brasil já tenha essas vagas e que uma delas possa ser minha, eu não conto com isso. Quero chegar bem nas competições, me dedicar bastante e classificar por mim mesmo, pelo meu sacrifício”, afirma. No total, um país pode ter até 13 atletas no boxe nos Jogos Olímpicos (10 no masculino e três no feminino).

Para Robson, contemplado com a Bolsa Pódio do governo federal, a vitória sobre Alvarez, bicampeão mundial (2011 e 2013) e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o encheu ainda mais de ânimo para seguir no trabalho intenso que ele tem realizado visando aos Jogos Olímpicos Rio 2016.

“Venho treinando muito, como nunca havia treinado, e estou viajando bastante. No Campeonato Continental eu consegui vencer o cubano por decisão unânime. Fiz uma grande luta com ele na Venezuela, em um campeonato que era eliminatório para o Mundial. Venho me preparando para chegar muito bem na Olimpíada”, avisa.

Pequim, Londres e Rio de Janeiro
Aos 26 anos, Robson está longe de ser um boxeador inexperiente. Os Jogos do Rio serão o terceiro de seu currículo e agora, prestes a entrar em mais um ano olímpico, ele lembra do que viveu em Pequim, em 2008, e em Londres, em 2012, e já imagina o que será diferente no Brasil.

“Agora estou no calor de casa. Nas duas outras Olimpíadas que eu participei eu lutei contra adversários da casa. Na primeira, lutei contra um da China e, na segunda, contra um inglês. Agora vou estar em casa e bastante preparado”, explica.

Ciente de tudo o que precisa fazer para chegar ao Rio de Janeiro no auge da forma física e técnica, Robson também não descuida do lado psicológico e já se prepara para suportar a pressão de competir em casa. “Nós temos psicólogos na Seleção Brasileira. Mas eu venho trabalhando eu mesmo, sozinho. Eu vou tentando me focar bastante para não deixar que isso chegue a me atrapalhar”.

Na opinião do boxeador, o Mundial de Doha será um bom termômetro para avaliar o que ele pode encontrar pela frente em agosto de 2016 na capital fluminense. “Com certeza o Mundial antes das Olimpíadas é sempre mais forte. No Mundial no ano passado, alguns caras não participaram. Agora esse vai ser bem mais forte. Até porque antes não tinha esse negócio de eliminatória para o Campeonato Mundial. Foi a primeira vez que a gente passou por isso e só vão estar lá os atletas mais tops, os mais fortes”, analisa. “Mas, graças a Deus, eu venho me mantendo bem. Hoje eu sou o número 1 do mundo no ranking e já venho me mantendo nesse posto há quase dois anos”, recorda.

Rotina de treinos
Em sua preparação para 2016, Robson Conceição viva na ponte aérea entre São Paulo e Salvador, suas duas bases de treinamento. “Eu estou intercalando agora. Antes eu tinha que ficar em São Paulo o tempo todo. Hoje eu posso intercalar. Eu treino 10 dias lá com a Seleção e venho para Salvador e fico treinando 15 dias com Luiz Dória (ex-técnico de Popó e de Anderson Silva, entre outros) na Champion. Eu fico nessa, lá e cá, fazendo esse intercâmbio”, explica.

A rotina é puxada. “Eu treino de segunda a sábado. Com a Seleção, a parte física é de manhã e a técnica, à tarde. São mais ou menos quatro horas de treinos por dia. Aqui em Salvador faço a parte técnica pela manhã e a parte física à tarde”, revela.

Apoio determinante
Amparado pela Bolsa Pódio – por ser líder do ranking mundial, ele recebe o teto da bolsa, ou seja, R$ 15 mil – e por toda a estrutura montada pela confederação para a Seleção Brasileira, Robson hoje volta 100% de suas atenções para o esporte, com foco exclusivo nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Mas nem sempre foi assim. E, por isso, ele reconhece como o apoio por parte do governo federal foi determinante em sua carreira. “Vou contar uma história que aconteceu comigo em 2009: Eu não queria ir morar em São Paulo e treinar lá com a Seleção. Aí, me botaram para fora da Seleção porque eu não queria me incluir à equipe. Fiquei sem salário e sem dinheiro nenhum. E foi o ano em que eu fui contemplado com a Bolsa Atleta”, lembra.

“Se essa Bolsa Atletas não existisse na época, vocês não estariam escutando o meu nome hoje, porque eu ia desistir de lutar boxe. A Bolsa Atleta me incentivou. Eu tive a capacidade de me manter treinando, me alimentando e com materiais para poder treinar e isso me incentivou bastante. Graças ao Ministério do Esporte e à Bolsa Atleta eu estou aqui hoje”, afirma.

Robson e os outros atletas da Seleção Brasileira seguem treinando na Alemanha, na cidade de Hennef, em parceria com atletas ingleses e alemães. No dia 3 de outubro, eles embarcam para Doha. No Mundial do Catar, a classificação para o Rio 2016 seguirá a seguinte regra:

» Categorias 46kg, 52kg e 81kg: duas vagas para cada uma
» Categorias 56kg, 60kg, 64kg, 69kg e 75kg: três vagas pra cada uma
» Categorias 91kg e +91kg: uma vaga para cada uma

Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br, com informações da CBBoxe

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