Ministério do Esporte Seleção de handebol feminino bate bicampeãs olímpicas em amistoso
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Seleção de handebol feminino bate bicampeãs olímpicas em amistoso

A Seleção Brasileira de Handebol Feminino devolveu com juros neste domingo (14) a derrota sofrida no primeiro dos dois amistosos contra a Noruega. Na partida disputada em São Bernardo do Campo, o Brasil venceu por 18 a 12, após empate em 8 a 8 na primeira etapa. Na sexta, as bicampeãs olímpicas venceram as atuais campeãs mundiais por 25 a 21.

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

O placar mais baixo neste domingo se deve ao fato de a partida ter tido um formato reduzido, com dois tempos de 20 minutos, em vez dos habituais 30 minutos por etapa, em função de acordo para que a partida fosse transmitida ao vivo na televisão aberta. O jogo faz parte da reta final de preparação da equipe nacional para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, que serão disputados em julho.

"Posso dizer que hoje foi até uma questão de honra. A gente sempre estava batendo na trave. O primeiro jogo perdemos por quatro gols, mas conseguimos consertar o que estava mal, e acredito que é muito importante não só para nós, Seleção Brasileira, mas para esse torcida maravilhosa, para o apoio que temos tido de nossos patrocinadores e do governo", afirmou a ponteira Alexandra Nascimento.

"Elas estão preparadas para ganhar todos os títulos. E o grande título que vão dar para a gente é espalhar Brasil afora o desejo de outras meninas também praticarem o handebol", afirmou o ministro do Esporte, George Hilton, presente ao amistoso no ginásio paulista. “Tivemos uma festa linda. São Bernardo tem handebol forte, já tem tradição, mas queremos dar mais oportunidades para o Norte, o Nordeste. Queremos interiorizar o esporte, levar o handebol, com a força de São Bernardo, para muitas outras cidades".

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/MEInvestimentos e resultados expressivos
A evolução da modalidade no Brasil se conecta com uma série de investimentos, que incluem convênios com o Ministério do Esporte, patrocínios, bolsas e recursos da Lei Agnelo/Piva.

Em 2010, um convênio de R$ 2,2 milhões com o governo federal ajudou a estruturar a equipe permanente e a conceder ajuda de custo às jogadoras. Outros dois convênios, um de R$ 1,8 milhão para a seleção masculina e outro de mais de R$ 100 mil para o encontro de professores de handebol, foram aplicados para integrar a confederação com profissionais de ensino superior e padronizar métodos de treinamento.

Em 2011, os recursos chegaram a R$ 11,3 milhões. Cerca de R$ 5,4 milhões de convênio para a preparação da seleção feminina, com treinos, competições, contratação de equipe multidisciplinar e viagens ao Exterior, tendo como horizonte os Jogos Olímpicos de 2016.

Outros R$ 5,3 milhões foram para a realização do Mundial do Brasil, quando a seleção feminina chegou à melhor colocação da história até então: foi quinta colocada, perdendo a chance de medalha por apenas um gol, com uma única derrota – e no último minuto – diante da Espanha. Também foram conquistadas medalhas em todas as competições continentais das categorias júnior, juvenil e cadete.

Para o presidente da confederação, Manoel Oliveira, o Mundial de 2011 levou a seleção feminina “a um novo patamar”. Com o bom desempenho das garotas, o handebol foi incluído no Plano Brasil Medalhas, com patrocínio de estatais para os esportes coletivos.

Em 2012, foram firmados outros três convênios – um de R$ 2 milhões, para a estruturação do Centro Nacional de Desenvolvimento do Handebol no Sesi-Blumenau-SC (com contratação de comissão técnica para as categorias juvenil e júnior e onde há atividades principalmente para novos talentos).

Um outro convênio, de R$ 3 milhões, foi para a preparação das seleções feminina e masculina, também visando aos Jogos Olímpicos Rio 2016. Em Londres 2012, a seleção feminina ficou em sexto – o Brasil perdeu de virada justamente para a Noruega, que ficaria com a medalha de ouro.

Em 2013, o grande resultado. A seleção feminina chegou à final do Campeonato Mundial e derrotou a Sérvia, que jogava em casa, na Arena Belgrado, diante de um público de 20 mil pessoas, recorde na modalidade. “Sempre faço questão de dar crédito ao ministério, porque nossos patrocinadores só chegaram depois”, diz Manoel Oliveira, em referência à parceria com o Ministério do Esporte.

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

Patrocínios e bolsas
Dos Correios, a confederação recebeu R$ 5 milhões referentes ao período 2012/2013 e R$ 5,2 milhões para 2013/2014, além de R$ 6,8 milhões para 2014/2015, num total de R$ 17 milhões. Os recursos são para preparação e apoio financeiro das duas seleções adultas, feminina e masculina, que trabalham visando aos Jogos de 2016.

Foto: DivulgaçãoFoto: DivulgaçãoNo sábado (13), o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, particpou de almoço oferecido pela CBHb às duas seleções, patrocinadores e dirigentes da modalidade. Do Banco do Brasil, entre 2013 e 2014, foram R$ 5 milhões, via Lei de Incentivo ao Esporte, para três projetos – dois também para preparação das seleções feminina e masculina, rumo ao Rio 2016, e um terceiro para a realização da Liga Nacional Feminina.


O handebol tem 371 inscritos no programa Bolsa-Atleta em 2015 – pelo Edital de 2014, foram pagos R$ 5,3 milhões aos contemplados. A parceria do Ministério do Esporte com a Prefeitura de São Bernardo do Campo investiu R$ 12 milhões para a construção do Centro de Desenvolvimento do Handebol Brasileiro na cidade do ABC paulista, com dois ginásios. A contrapartida da prefeitura é de R$ 1 milhão.

Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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