Basquete é um esporte de estratégia. Muitas vezes, o segredo do sucesso dentro das quadras está fora delas. Para o aprimoramento e o desenvolvimento da modalidade no Brasil, o Ministério do Esporte assinou dois convênios com a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) para execução de oito cursos de formação e certificação da Escola Nacional de Treinadores de Basquetebol (ENTB), locação do programa de estatística de jogo Synergy e desenvolvimento de uma ferramenta eletrônica que permita o controle da carga de treinamento dos atletas.

Para proporcionar a treinadores da modalidade um crescimento didático e metodológico, os cursos irão capacitar 1,2 mil técnicos de basquete com padronização nacional, baseados nos sistemas mais modernos de treinamento internacional. A expectativa é que 120 mil jovens sejam diretamente beneficiados pelo convênio e que cada treinador participe na formação esportiva de até 100 jovens.

O presidente da CBB, Carlos Nunes, ressalta a importância de técnicos competitivos para a evolução do esporte nacional. "Temos que ter equipes competitivas e atletas com uma formação técnica alta. Para isso são necessários técnicos qualificados. Nada mais importante do que a escola de treinadores, que agora, sim, vai poder desenvolver o seu trabalho com o projeto", afirma.

Os cursos serão realizados em Fortaleza, Curitiba, São Paulo, Porto Alegre, Vitória, Rio de Janeiro, Maceió e Florianópolis. Serão 40h no curso presencial, em cinco dias de aulas prático-teóricas. A Escola Nacional para Treinadores de Basquete é uma exigência da Federação Internacional de Basquete (FIBA), entidade máxima da modalidade no mundo. O reflexo das capacitações será sentido em quadra. Os jogadores brasileiros terão uma formação cada vez mais aprimorada, com valores de cidadania e técnicas modernas do esporte.

A tecnologia também será a grande aliada dos treinadores brasileiros. A locação do programa de estatística de jogo Synergy e o desenvolvimento de uma ferramenta eletrônica, que permite o controle da carga de treinamento dos atletas selecionados pela CBB, ajudarão as comissões técnicas, com o foco nos Jogos Olímpicos de 2016. "Você ouve falar muito que estamos preocupados com os atletas, mas temos que entender que quem forma o atleta é o treinador. Você vê poucos projetos ligados ao treinamento dos treinadores. Essa visão de viajar, fazer cursos, assistir a jogos. O programa de estatística para que firmamos o convênio é exclusivo para a área médica, em que se coloca o atleta sempre treinando, sem que se machuque", analisa a ex-jogadora da seleção brasileira e atual diretora de Seleções Femininas da CBB, Hortência.

O programa de estatística de jogo e monitoramento contribuirá com as comissões técnicas das seleções brasileiras masculina e feminina no monitoramento de seus atletas em competições pelo mundo e nas seleções.

Com a ferramenta eletrônica será possível tirar diversas informações relevantes ao controle de carga de treinamento dos atletas, que também serão beneficiados com a tecnologia. Eles poderão acompanhar a sua evolução física, além de diversos conteúdos sobre a modalidade, contendo textos explicativos e ilustrados com fotos e vídeos.


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