O III Seminário Nacional de Torcidas Organizadas, promovido pelo Ministério do Esporte, reuniu mais de cem destas entidades de 21 estados do Brasil, em Belo Horizonte (MG), nesta sexta-feira (12.12) e sábado (13.12). O objetivo do encontro foi fomentar o diálogo e a integração entre as torcidas, além de discutir medidas de prevenção à violência associada ao futebol.
O secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Toninho Nascimento, defendeu que a integração e o diálogo entre as lideranças são fundamentais, mas não pode ter menos importância a individualização da pena. “É preciso punir o infrator. A lei existe, que é o Estatuto, e tem que ser aplicada para que se separe o mau torcedor daquele que vai ao estádio apenas para torcer pelo seu time. Estamos conversando entre nós para aprimorar esse processo e integrar todo mundo, seja torcida, Ministério Público, Judiciário e polícia”, avaliou.
O Promotor de Justiça de Minas Gerais, José Antônio Baêta, concordou com a aplicação efetiva do Estatuto do Torcedor, mas também defendeu a responsabilização de dirigentes de torcidas envolvidas em atos de violência. “É obrigação do Ministério Público fazer valer o Estatuto. E o objetivo desse seminário é o estabelecimento dos mecanismos para isso. Os dirigentes devem saber que eles também têm que ter controle sobre os membros da torcida”, apontou.
Para André Azevedo, presidente da Dragões da Real – torcida organizada do São Paulo –, esses encontros são importantes para minimizar as ocorrências registradas nas arquibancadas e imediações dos estádios. “Já estamos nos reunindo dessa forma há três anos, sempre tentando conscientizar as lideranças para alcançar o objetivo de todos os participantes. Erradicar a violência a gente sabe que não vai, porque a violência acontece em todas as esferas da sociedade. Mas, essa atividade contribui para diminuir o problema” , avaliou.
Ao final dos debates, os torcedores encaminharam uma proposta para constituir uma associação que represente o segmento e facilite a interlocução com órgãos públicos e entidades desportivas. Também participaram das discussões representantes do Ministério Público, secretarias de Segurança, Secretaria Nacional da Juventude, universidades e especialistas na área de segurança.
Leandro Galvão
Ascom – Ministério do Esporte
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