Ministério do Esporte Contendo o choro para curtir um momento histórico, Thiago Braz recebe a medalha de ouro no Engenhão
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Contendo o choro para curtir um momento histórico, Thiago Braz recebe a medalha de ouro no Engenhão

Entre suas memórias mais especiais haverá sempre lugar na mente do paulista Thiago Braz para duas datas inesquecíveis e um lugar que o tempo não será capaz de apagar. A primeira é 15 de agosto de 2016, o dia em que, surpreendendo todos os prognósticos, Thiago se tornou, aos 22 anos, no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro (Engenhão), um campeão e recordista olímpico do salto com vara. A segunda data é a terça-feira, 16 de agosto, o dia em que ele voltou ao lugar que o consagrou para ser premiado com a medalha de ouro.
 
O campeão olímpico em dois momentos de descontração após a premiação.(Fotos: Getty Images)O campeão olímpico em dois momentos de descontração após a premiação.(Fotos: Getty Images)
 
Exatamente às 21h, os microfones do Engenhão anunciaram que teria início a cerimônia de premiação da prova do salto com vara masculina. Thiago e os outros dois medalhistas, o francês Renaud Lavillenie, dono de prata, e o norte-americano Sam Kendrics, bronze, saíram do túnel para ocupar seus lugares no pódio.
 
Vestido com o uniforme da delegação nacional, Thiago entrou sob aplausos. Kendrics foi chamado, ocupou seu lugar e foi premiado. Na vez de Lavillenie, uma vaia tomou conta do estádio. Imediatamente Thiago fez um gesto para que as vaias cessassem. E então, sob aplausos e gritos de apoio, ele ouviu seu nome ser anunciado. O paulista subiu ao pódio reverenciado. A medalha dourada lhe foi entregue e pouco depois o Hino Nacional encheu o Engenhão de emoção enquanto a bandeira do Brasil era hasteada no lugar mais alto.
 
Prestando continência, Thiago acompanhou tudo com serenidade impressionante. Ao seu lado, o francês estava aos prantos. “Tive um pouquinho de frio na barriga”, admitiu o paulista após a premiação. “Primeiro que eu já estava imaginando segurar a medalha, porque quando vi a imagem de como ela foi criada, até pensei: ‘Eu quero essa medalha’. Eu estava muito ansioso e estou feliz agora, mais calmo depois que a segurei. Poder participar com o público brasileiro e apreciar esse momento especial foi incrível”, declarou o campeão olímpico.
 
Sobre a medalha em si, ele fez o seguinte comentário: “É pesadinha. Eu achei que seria mais leve, mas não. E isso é legal também. O design... É tudo ótimo. Essa é a medalha perfeita. Não tem outra melhor”.
 
Thiago também falou sobre o pedido que fez para que o público encerrasse as vaias e revelou que, após a premiação, conversou com o lendário russo Sergey Bubka, medalha de ouro nas Olimpíadas de Seul 1988 no salto com vara, 11 vezes campeão mundial e até hoje dono das 13 melhores marcas da história na prova em competições abertas (outdoor), como os Jogos Olímpicos.
 
“Não queria que tivesse uma vaia. Eu estava conversando com o Sergey Bubka agora e falando da prova, de como foi. Ele comentou comigo: ‘Cara, se não fosse o Lavillenie, você não teria jamais saltado 6,03m naquele dia, porque na realidade vocês vinham numa guerra. Ele passava, você passava. Ou seja: um estava empurrando o outro”, revelou Thiago. “Então aquele gesto foi para ter respeito com ele. Ele é um ótimo saltador”, continuou. Por meio da conta no Twitter do Comitê Olímpico Internacional (COI), o presidente da entidade, Thomas Bach, criticou as vaias do público ao francês na cerimônia de premiação: “Foi uma atitude chocante da torcida vaiar Renaud Lavillenie na cerimônia de pódio. É algo inaceitável nos Jogos Olímpicos”, afirmou Bach.
 
Thiago, o francês Renaud Lavillenie e o norte-americano Sam Kendrics. (Fotos: Getty Images)Thiago, o francês Renaud Lavillenie e o norte-americano Sam Kendrics. (Fotos: Getty Images)
 
Thiago revelou também que, após a premiação, se encontrou com o francês e eles conversaram um pouco. O encontro terminou com um abraço. “Conversamos agora, eu, ele e o Sergey. Fazia quase um ano e meio que a gente não estava se falando, mas é que a gente também não estava pegando competições juntos e as competições sempre estavam ficando bem fortes e ele estava concentrado e eu também. Depois, ali, a gente deu um abraço um no outro e ficou tudo em paz”, assegurou.
 
Desde ontem, quando venceu a final olímpica, Thiago tem se mantido forte, no controle das emoções. Nesta noite, na premiação, as lágrimas mais uma vez não vieram. Não que ele não estivesse sendo atravessado por sentimentos fortíssimos. O motivo para conter o choro foi outro.
 
“Eu quis chorar”, admitiu. “Mas na realidade eu estava tão feliz que pensei assim: ‘Cara, se eu começar a chorar aqui vou perder o momento. Então eu queria observar o pessoal, ver tudo o que estava acontecendo e não prestar atenção no meu choro. Na realidade eu estava muito feliz”, encerrou o saltador, que disse também que ainda não se encontrou com a saltadora Fabiana Murer, que não teve a mesma sorte que ele e foi eliminada das Olimpíadas ainda na fase de classificação. “Eu na realidade não a vi. Não vi a prova e então não tenho nem como comentar”, finalizou.
 
Luiz Roberto Magalhães – brasil2016.gov.br
 
Ascom Ministério do Esporte
 
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