Ministério do Esporte De técnico novo e estrutura profissional, futebol de sete mira um "duplo ouro"
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De técnico novo e estrutura profissional, futebol de sete mira um "duplo ouro"

 
Uma estrutura profissional de treinamento aliada a uma confiança plena nos conceitos táticos do técnico Paulo Cabral, que assumiu o time há menos de dois meses. É com essa receita que  atletas  da Seleção Brasileira de Futebol de Sete assumem o favoritismo ao ouro no Parapan de Toronto e miram o topo do pódio nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. 
 
"A preparação que vem sendo feita é super digna, proveitosa. Antigamente éramos amadores. Agora temos mais profissionalismo, mais rendimento", afirma Wanderson Silva de Oliveira. Meio-campista canhoto de grande habilidade, eleito o melhor do mundo duas vezes, ele cita as viagens de intercâmbio e preparação, as avaliações médicas individualizadas e as análises de risco de contusões como fatores que levaram a modalidade a um novo patamar. 
 
No ciclo paralímpico rumo a 2016, dois convênios entre o Ministério do Esporte e o Comitê Paralímpico Brasileiro ajudam a dar sustentabilidade à preparação dos atletas. Um deles é voltado especificamente para viabilizar a participação brasileira no Parapan, no valor de R$ 1,8 milhão. O outro, que soma R$ 38,2 milhões, tem como prioridade a preparação das seleções permanentes em 16 modalidades, incluindo o futebol de sete. O CPB conta ainda com recursos da Lei Agnelo/Piva (R$ 170,6 milhões entre 2007 e 2013) e da Lei de Incentivo ao Esporte.
 
(Daniel Zappe/MIX/CPB)(Daniel Zappe/MIX/CPB)
 
Os atletas, por sua vez, recebem investimentos diretos. No total, são 1.386 paralímpicos beneficiados pela Bolsa Atleta e 95 pela Bolsa Pódio. Adicionalmente, pelo Plano Brasil Medalhas, 60 representantes de modalidades coletivas experimentam uma evolução nas condições de treinamento e preparação.
 
Repercussão em resultados
De acordo com atletas brasileiros, a campanha recente no Mundial de Futebol de Sete, disputado na Inglaterra, em junho, já é retrato disso. Segundo Wanderson, o controle prévio de lesões ajudou contribuiu para que, pela primeira vez, nenhum atleta tivesse problemas musculares durante o torneio. Em campo, foram 31 gols marcados e dois sofridos em seis partidas, média superior a cinco por jogo. O problema é que os dois sofridos foram na semifinal, diante da Ucrânia. O duelo terminou em 2 x 1 para os europeus, resultado que tirou o país da decisão.
 
(Daniel Zappe/Mix/CPB)(Daniel Zappe/Mix/CPB)
 
"Agora o que falta para nós é só uma questão da tranquilidade na hora certa, da frieza. Naquele jogo eles fizeram 1 x 0, empatamos e eles acharam um gol no finzinho. Jogamos mais e perdemos, mas estamos certamente no caminho certo. Nossa hora será nos Jogos Paralímpicos do Rio", previu Jan Francisco, outro meia canhoto de destaque na equipe nacional. 
 
Antes disso, eles precisam confirmar o favoritismo no Canadá. No Parapan, a chave do torneio que tem início no dia 8 de agosto reúne cinco equipes. Todas jogam entre si. As duas melhores decidem o ouro em 15 de agosto, no campo erguido na Universidade de Toronto.  
 
Dos quatro rivais, o Brasil goleou três no último Mundial. A Venezuela, adversária da estreia, no dia 8, foi batida por 6 x 0, mesmo placar do duelo diante dos Estados Unidos no torneio inglês. A Argentina, por sua vez, foi superada por 4 x 0 nas quartas de final. O outro adversário no Parapan será o anfitrião Canadá.
 
"Existe um favoritismo, claro. Nossa equipe é superior tecnicamente, mas não podemos esquecer da evolução dos Estados Unidos, a Argentina é sempre aguerrida e o próprio Canadá pode surpreender em casa. Estamos preparados para entrar e ganhar, mas futebol todos sabem que não se ganha no discurso", disse Paulo Cabral, treinador da equipe.
Mudança tática
 
Tanto Jan quanto Wanderson apontam que a troca recente de comissão técnica, com a saída de Dolvair Castelli e o início de trabalho de Paulo Cabral, funcionou como um ingrediente a mais para renovar o ânimo do time pós-Mundial e para o grupo começar a ganhar um aditivo na qualidade tática. 
 
"Ele veio com uma filosofia boa, didática, que está implantando desde já, inclusive na parte tática, de posicionamento", afirma Jan. "Uma das coisas que diferenciam o europeu do brasileiro passa pela aplicação tática deles. Temos muito a aprender nisso", disse Wanderson. O Parapan será, na prática, o primeiro laboratório para avaliar esses novos conceitos. 
 
"Eu tenho uma base que vem do futebol convencional, mas passa também pelo futsal", afirmou o treinador, que tem formação na área de educação física e desde 2012 está conectado à Seleção de futebol de sete. Primeiro, como técnico da equipe sub 20. Depois, como preparador físico e auxiliar técnico. Agora, como comandante do time principal. 
 
Paralisia de consequência motora
O futebol de sete é disputado por atletas com paralisia cerebral, que determina limitações de movimento aos esportistas. As partidas são disputadas em campos similares aos de futebol soçaite, em quadras de grama sintética de dimensão de 75 x 55m. São sete atletas em cada campo e os confrontos são disputados em dois tempos de meia hora. Não existe regra do impedimento  e a cobrança de lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola. 
 
Antes da competição, os atletas são classificados em quatro categorias, de cinco a oito. Quanto maior o número, menor a limitação de movimentos. Na hora de escalar o time que vai a campo, o técnico de cada equipe têm de garantir que pelo menos um jogador da categoria 5 (com maior limitação de movimento) esteja em campo. Na outra ponta, há uma restrição a apenas um atleta da categoria oito (com grau mínimo de restrição de movimentos) no time.
 

Gustavo Cunha - brasil2016.gov.br, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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