Entrevista: Joice Silva, primeira brasileira a ganhar ouro na luta olímpica em Jogos Pan-Americanos

Publicado em Segunda, 27 Julho 2015 19:05
 
 
Foto: Danilo Borges/ MEFoto: Danilo Borges/ ME
 
A medalha de ouro que a carioca Joice Silva ostenta no pescoço após sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto foi uma conquista que demandou muito esforço e superação. Para se concentrar nos treinos e competições, a atleta da luta olímpica recebe a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, apoio que ela diz ser fundamental para as conquistas dos resultados.
 
“Se não fosse o governo, a gente vê pouco (incentivo) da iniciativa privada, pelo menos para a luta. É fundamental. É o que a gente consegue para se dedicar integralmente, não ter preocupação. A gente pode investir no melhor e os resultados estão vindo”, afirmou Joice Silva.
 
Para fazer história no Canadá e subir ao local mais alto do pódio - algo que nenhum outro brasileiro, homem ou mulher, jamais conseguiu experimentar na luta olímpica na competição continental - Joice teve que ralar.
 
Seu caminho rumo à medalha dourada da categoria até 58kg foi marcado por três viradas. Na primeira luta, Joice perdia por 1 x 0 para a mexicana Alejandra Romero, mas conseguiu reverter o placar e triunfar por 2 x 1. Depois disso, saiu atrás por 2 x 0 contra a peruana Yanet Sovero e, novamente, deu a volta por cima para ganhar por 5 x 3.
 
Então, na final, veio o maior susto. A cubana Yakelin Estornell abriu confortáveis 5 x 0 e quando muitos davam a parada como encerrada, Joice protagonizou sua maior façanha e, pelo placar de 6 x 5, conquistou o ouro em Toronto.
 
Dona de uma personalidade tranquila, que contrasta com sua força e determinação quando está no tapete de luta, Joice era só felicidade no dia seguinte à conquista. Ela falou sobre a emoção do pódio, que a levou às lágrimas; lembrou o início da carreira e não escondeu que sonha em ver sua família e amigos torcendo por ela no Rio, em 2016.
 

As lutas associadas têm recebido grande investimento do governo federal. A modalidade conta atualmente com 213 contemplados com a Bolsa Atleta ou a Bolsa Pódio, fruto de um investimento anual de R$ 2,75 milhões. Entre 2010 e 2014, sete convênios com a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) repassaram R$ 14 milhões para serem aplicados na preparação dos atletas e, em 2014, mais R$ 1,8 milhão foram aplicados no esporte, via Lei Agnelo/Piva. 
 
Luiz Roberto Magalhães, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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