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Em prova de alto nível, Fabiana Murer iguala melhor marca do ano e é prata no Pan
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- Publicado em Sexta, 24 Julho 2015 01:39
Mesmo repetindo a melhor marca do ano com 4m80, a brasileira Fabiana Murer ficou com a medalha de prata no salto com vara nos Jogos Pan-Americanos. A cubana Yarisley Silva conquistou o bicampeonato e superou o seu próprio recorde de 2011, passando de 4m75 para 4m85. O terceiro lugar ficou com a campeã olímpica Jennifer Suhr, que saltou 4m60.
“Foi uma prova muito forte. Saio contente com a competição, porque foi bonita, com as atletas saltando alto, com o nível técnico muito bom. Em 2011, saí contente com a medalha e aqui também volto com a mesma sensação, acreditando que é possível fazer marcas mais altas do que venho fazendo na temporada”, disse Murer.
Medalhista de ouro no Pan do Rio 2007 e prata em Guadalajara 2011, Murer, que recebe o benefício do programa Bolsa Pódio do Ministério do Esporte, revelou que ficou surpresa quando soube que a campeã olímpica tinha confirmado a presença no Pan. “Acho que é bom a presença de grandes nomes na competição. Faz crescer o nível técnico e a busca por melhores marcas. Além de ser uma motivação para as próximas competições, como o Mundial em Pequim e a Olimpíada”, analisou.
O primeiro salto de Fabiana Murer foi de 4m50. A norte-americana Surh tentou a mesma marca e não conseguiu de primeira. A segunda tentativa da brasileira foi de 4m60. Na marca de 4m70, ficaram somente a brasileira e a cubana na briga pelo ouro, reeditando a final do último Pan.
Pressionada por Silva, que já tinha saltado 4,75 m, Fabiana resolveu arriscar sua última tentativa nos 4,80 m e se deu bem, igualando sua melhor marca pessoal na temporada. Entretanto, na tentativa seguinte, Yarisley Silva igualou o salto e depois ainda superou os 4,85 m, assegurando o título e o recorde pan-americano.
Outro brasileiro no pódio do atletismo nesta quinta-feira (23.07) foi o Ronald Julião. Ele conquistou a medalha de prata no lançamento de disco ao arremessar 64m65. “A prova foi incrivelmente emocionante e acreditei até o último lançamento. Eu queria ganhar a prova, mas fiquei feliz. Foi uma prata com gosto de ouro”, disse.
A medalha de ouro foi para o Fedrick Dacres, da Jamaica, com 64m80, e o bronze para o norte-americano Russ Winger, com 64m64. Depois da marca, Ronald ainda realizou o desejo de dar a volta olímpica com a bandeira do Brasil. “Eu deixei escapar a oportunidade no Pan de 2011 quando fui bronze e fiquei pensando em fazer assim que eu estivesse no pódio novamente”, vibrou.
O atleta considerou o pódio uma superação, após sofrer uma lesão nas costas em 2014. “Demorei muito a voltar a competir entre os melhores. Fiz um ano fraco e perdi colocações no ranking mundial, mas no final eu acreditei”, ressaltou.
A outra medalha do dia no atletismo brasileiro veio com Luiz Alberto de Araújo, que teve uma grande recuperação final e garantiu o bronze no decatlo. Com a somatória de 8179 pontos, o atleta não só alcançou o pódio, mas atingiu os índices necessários para se classificar para o Mundial da China, em agosto (o índice necessário de 8075 pontos), e para os Jogos Olímpicos Rio 2016 (o índice necessário de 8100 pontos).
"Essa competição mostrou que estamos no caminho certo. Agora é focar no que preciso melhorar, e continuar batalhando, sempre. A prova aqui foi muito difícil, por causa do vento e do frio. Os atletas que estavam aqui eram muito fortes, e isso só valoriza ainda mais a minha conquista. Estou muito feliz, mas já focado em melhorar meu desempenho para os desafios que terei pela frente", disse Luiz Alberto.
Breno Barros, de Toronto (Canadá), com informações do Comitê Olímpico do Brasil (COB)
Ascom - Ministério do Esporte
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