Ministério do Esporte Ana Sátila brilha e Brasil conquista mais cinco medalhas com a canoagem slalom
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Ana Sátila brilha e Brasil conquista mais cinco medalhas com a canoagem slalom

 
A estreia da canoagem slalom em Jogos Pan-Americanos ficou marcada por muitos pódios para o Brasil. Neste domingo (19.07), último dia da modalidade na competição canadense, os brasileiros disputaram cinco finais no percurso natural montado em Minden Wild Water Preserve, distante duas horas e meia de carro de Toronto, e o resultado foram mais cinco medalhas para o país.
 
Com as conquistas do slalom, a canoagem deixa o Pan de Toronto com surpreendentes 14 pódios – 3 ouros, 6 pratas e 5 bronzes – (a meta da equipe era 10 medalhas). Com isso, a canoagem superou o judô no Canadá, que somou 13 pódios na competição, mas conquistou mais medalhas de ouro (5 ouros, 2 pratas e 6 bronzes). A natação, cujas disputas terminaram no sábado (18.07), foi a modalidade que mais contribuiu no quadro de medalhas do Brasil, com 26 pódios (10 ouros, 6 pratas e 10 bronzes).
 
Foto: COBFoto: COB
 
Campeã mundial júnior em 2014 e vice-campeã mundial sub-23 neste ano na prova caiaque K1 (olímpica) e 3ª colocada na etapa de Praga da Copa do Mundo em 2015 na canoa C1 (não olímpica), disputa em que também é bicampeã pan-americana (2012 e 2014), Ana Sátila foi o destaque do dia. Natural de Primavera do Leste, em Mato Grosso, e contemplada com a Bolsa Pódio, ela  conquistou um ouro na C1 e uma prata na K1 e se tornou a primeira brasileira campeã dos Jogos Pan-Americanas na história do slalom.
 
Às medalhas de Ana Sátila somaram-se o bronze de Felipe Borges na canoa C1, e as pratas de Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê, no caiaque K1; e Anderson Oliveira e Charles Corrêa, no caiaque C2.
 
“A estreia da canoagem com certeza vai ficar na história. Eu tenho certeza de que da América vão sair muitos campeões mundiais dessa nova geração e ter sido a primeira campeã pan-americana vai ser um orgulho eterno. Espero conseguir inspirar a nova geração a continuar nesse caminho que, com certeza, vai ser um sucesso”, declarou a canoísta, que completou 19 anos em março.
 
Foto: COBFoto: COB
 
A prova de Pepê foi marcada por uma polêmica. O brasileiro argumentou que não cometeu toque em sua descida e, após a disputa, esperava que a revisão lhe desse o ouro. Mas após analisar os vídeos e terem definido que eles eram inconclusivos, os árbitros mantiveram o resultado e o ouro ficou com o norte-americano Michal Smolen.
 
Na slalom, o Brasil já tem vaga garantida para os Jogos Olímpicos Rio 2016 em todas as categorias. Para Pepê, isso facilita a preparação, uma vez que a briga será interna e não haverá a pressão de disputar com outros países. “Facilita o nosso trabalho para 2016. Os outros países têm que fazer uma preparação visando ao Mundial Sênior, que é onde eles disputam as vagas, e nós não. Podemos fazer uma preparação mais específica só para o Rio de Janeiro, para estar bem só nos dias dos Jogos”.
 
Antes do início das finais do caiaque k1 feminino e da canoa C2 masculina, um alerta de tempestade foi repassado para a imprensa e atletas no Minden Wild Water Preserve. Procedimentos para a evacuação das tendas montadas para a estrutura da competição foram distribuídos e, pouco depois, veio a chuva, muito forte e, como o previsto, acompanhada de trovões, forçando que os procedimentos de evacuação fossem adotados.
 
Felizmente, o problema durou pouco mais de dez minutos e, logo depois, o sol voltou a brilhar. A mudança climática, contudo, provocou um atraso de meia hora nas últimas duas provas da slalom nos Jogos Pan-Americanos. Ana Sátila ficou com a prata na K1 com um tempo de apenas dois centésimos abaixo da canadense Jazmyne Denhollander (97s94, contra 97s92 da canadense). Na sequência, Anderson Oliveira e Charles Corrêa partiram para a disputa da prova C2 e faturaram a prata.
 
A dupla brasileira Charles Correa e Anderson com a medalha de prata (Foto: Bruno Miani/Inovafoto/COB)A dupla brasileira Charles Correa e Anderson com a medalha de prata (Foto: Bruno Miani/Inovafoto/COB)
 
Em ritmo de preparação intensa para 2016, a turma da canoagem slalom terá pouco tempo para curtir os pódios conquistados no Pan. O descanso só deve vir no fim do ano. “A gente chega agora em Foz (do Iguaçu), ficamos uma semana no Brasil e já embarcamos para a Espanha, para a quarta etapa da Copa do Mundo. Depois, a gente já vai para a França, para a quinta etapa da Copa do Mundo. Então, a gente embarca para Londres, para o Mundial Sênior”, detalhou Pepê. “Na volta ao Brasil, tem mais treino e aí vem o evento-teste (para os Jogos Olímpicos) no Rio de Janeiro (26 a 29 de novembro). Parar mesmo só lá pelo Natal”, disse Pepê.
 
» Entrevista: Durante Mundial Júnior e Sub 23, Ana Sátila destaca investimentos na canoagem e projeta Rio 2016:

Tanto a canoagem slalom quanto a canoagem velocidade do Brasil estão em uma rápida ascensão no cenário internacional, tendo, as duas, conquistado grandes resultados nos últimos anos. A expectativa é de que os brasileiros possam subir ao pódio nas duas modalidades nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. E os atletas são unânimes em afirmar que o desenvolvimento técnico e os pódios já conquistados só foram possíveis porque eles têm um amplo amparo por parte do governo federal.
 
Entre Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, o país conta atualmente com 445 beneficiados, resultado de um investimento anual de R$ 6,75 milhões. Em 2010, um convênio da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) com o Ministério do Esporte destinou R$ 2,11 milhões e, em 2014, foram repassados mais R$ 2,6 milhões, via Lei Agnelo/Piva. Isso sem contar o patrocínio do BNDES.
 
“Em primeiro lugar, a gente teve muita sorte de conseguir um patrocínio, que foi o do BNDES. Eles estão apoiando tudo, toda a canoagem, todas as categorias, e eles com certeza estão mudando a história da canoagem, principalmente a slalom”, ressaltou Ana Sátila.
 
“Eu nunca imaginei em toda a minha carreira que a gente teria essa oportunidade e esse desenvolvimento tão rápido com eles. E também o Ministério, com todo apoio, com a Bolsa Atleta; e o Comitê Olímpico, que ajuda muito também quando a gente teve dificuldade para viajar”, enumerou a campeã pan-americana. “A gente sempre encontrou quem nos ajudasse, principalmente o Ministério e o COB. Então, desde 2012, quando eu fui para Londres, era fraca a canoagem. O desenvolvimento na base não tinha escolinha, por exemplo, e agora temos vários projetos que são os ‘Selos de Qualidade da Canoagem’. Em Foz do Iguaçu, que é a minha cidade, já são 80 crianças treinando. Estou muito feliz por isso. Tendo esse apoio do BNDES até 2020 a gente já tem tudo na mão e o trabalho agora é nosso. É nos dedicarmos ao máximo”, concluiu.
 
Com essa estrutura, Pepê está confiante de que nos próximos anos o trabalho levará o Brasil a um patamar de excelência. “Não existe um só país (que domina a slalom). Cada ano é um campeão. A potência hoje gira em torno de França, Alemanha, República Tcheca, Espanha e Eslovênia. Eu diria que hoje esses são os top 5. Nós estamos muitos anos atrás deles em relação a quando eles começaram na canoagem slalom. Mas somos brasileiros. A gente tem sangue bom nas nossas veias, nós somos muito raçudos, como dizem. Estamos trabalhando forte e em 10 anos chegamos nos caras”, acredita.
 
Investimentos do governo federal na canoagem slalom e velocidade:
Bolsa-Atleta: 436 bolsistas contemplados - R$ 5.703.365/ano
Bolsa Pódio: 9 atletas (3 slalom e 6 velocidade – sendo 3 paraolímpicos) - R$ 972.000/ano
Convênios: 1 convênio com a CBCa em 2010 – R$ 2.112.041,92
Agnelo/Piva: R$ 2.600.000,00 em 2014 
 
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Luiz Roberto Magalhães, de Toronto (Canadá) - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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