Inspiração na Alemanha rende o ouro para as meninas do Brasil nas fitas
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Publicado em Domingo, 19 Julho 2015 15:09
O segundo dia de competições da ginástica rítmica nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 foi novamente dourado para o Brasil. Após o histórico pentacampeonato no geral por conjunto, no último sábado, as meninas voltaram para o Coliseum Toronto, mais uma vez lotado, neste domingo (19.07), e conquistaram a medalha de ouro nas fitas. E não foi só isso: Angélica Kvieczynskiainda levou o bronze no arco.
Com graça, simpatia, leveza e embaladas pela música “I’m Still LovingYou”, da banda alemã de rock’n’roll Scorpions, Ana Paula Ribeiro, Beatriz Pomini, Dayane Amaral, Emanuelle Lima e Morgana Gmach fizeram uma apresentação impecável. Além do som, as meninas usaram roupas e fitas com preto, vermelho e amarelo, as cores germânicas, para encantar o público, cravar 15.000 e subir no lugar mais alto do pódio. Os Estados Unidos, com uma pontuação bem abaixo, ficaram com a prata (13.283), seguidos pelas donas da casa, as canadenses (12.817).
(Danilo Borges/ME)
“Essa foi a segunda vez que fizemos a apresentação do Scorpions. Os comentários de todos e da nossa técnica (Camila Ferezin), que é quem escolha a música, é que temos evoluído bastante e ainda vamos melhorar mais. Estamos muito felizes. Agora é buscar o terceiro ouro”, disse Ana Paulo Ribeiro, lembrando que o Brasil, na segunda-feira (20.07), às 11h, ainda briga por medalhas nas provas seis maças e dois arcos.
“Queremos sempre colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio. No ano que vem as Olimpíadas serão na nossa casa. Nós temos treinado muito para conquistar o ouro no geral e por aparelhos aqui em Toronto. Acho que nosso trabalho está sendo bem feito”, completou Beatriz Pomini.
(Danilo Borges/ME)
Mais cedo e com uma apresentação segura no arco, a paranaense Angélica Kvieczynski cravou a nota 15.358 e conquistou a medalha de bronze. Ela foi superada pela dupla norte-americana, Laura Zeng (16.833) e Jasmine Kerber (16.300). A outra brasileira na prova foi Natália Gaudio, quarta colocada, com 14.975.
Aos 23 anos, Angélica estava eufórica com sua quinta medalha pan-americana – em Guadalajara (2011) foram quatro: três de bronze e uma de prata. “Estou feliz com a medalha, mas vi que na bola ainda posso melhorar alguns detalhes para o Mundial, que é o meu foco principal no ano. Saio satisfeita com a competição”, disse Angélica, lembrando do torneio de Stuttgart, na Alemanha, que será disputado em setembro, e pode garantir a vaga dela nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.
Por ser sede, o Brasil já tem uma vaga assegurada. Assim, a melhor competidora do país no torneio garantirá o posto. Outra possibilidade é ficar entre as 24 primeiras colocadas no geral, o que poderia abrir uma outra vaga.
A comemoração teve que ser rápida. Na sequência, Angélica Kvieczynski partiu para a final das bolas. Única brasileira na disputa, ela fez 14.633 e terminou a competição na sexta colocação. O ouro e a prata, mais uma vez, foram para Laura Zeng (16.833) e Jasmine Kerber (16.100), respectivamente. A mexicana Karla Diaz Arnal levou o bronze (15.267).
Foram adquiridos 1.010 aparelhos vindos da Alemanha, a maior importação de equipamentos de ginástica feita pelo Brasil. Os mais de mil aparelhos são destinados para as três modalidades olímpicas de ginástica - artística, rítmica e trampolim - e estão sendo distribuídos em 16 centros de treinamento em todas as regiões do Brasil.
Isso sem falar que das nove atletas que integram a delegação da seleção brasileira de ginástica rítmica em Toronto, oito são beneficiadas pelo Bolsa Atleta.
Pedro Ramos e Carlos Eduardo Cândido, de Toronto (Canadá)
Ascom - Ministério do Esporte
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