Em São Paulo, seminário debate gestão de instalações esportivas voltada para os CIEs

Publicado em Quinta, 04 Dezembro 2014 14:42

O seminário técnico Gestão de Instalações Esportivas, promovido pelo Ministério do Esporte nesta quinta-feira (04.12), em São Paulo, cumpriu mais uma etapa para a implantação dos projetos dos Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), que faz parte do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento). Com a presença de 270 representantes de municípios, o seminário orientou os gestores na elaboração e desenvolvimento do plano de utilização do CIE, com o foco na iniciação da prática esportiva regular, levando em consideração as modalidades conforme a vocação da cidade ou da região.  

O Centro de Iniciação ao Esporte vai beneficiar crianças e jovens que queiram praticar esportes em até 13 modalidades olímpicas, seis paraolímpicas e uma não olímpica. Por meio do PAC2, R$ 967 milhões do Orçamento da União foram reservados para projeto e construção de 285 CIEs em 263 municípios de todas as regiões brasileiras, como parte do  legado dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos de 2016.



Na abertura do evento, a representante do Ministério do Esporte, a assessora Sueli Scutti, ressaltou que a utilização das infraestruturas faz parte de um amplo projeto do governo federal para o esporte brasileiro. “A ideia é que tenhamos sempre um plano de utilização dos CIEs alinhado, independentemente se a unidade fica no Acre ou no Rio Grande do Sul. A ideia é que exista sempre um alinhamento com as diretrizes estabelecidas na política nacional do esporte e nas ações esportivas que estão sendo desenvolvidas em todo o país”, disse.

Os CIEs farão parte da Rede Nacional de Treinamento, na base da estrutura, e se destinam à descoberta de talentos. O plano de utilização consiste em preparar a programação esportiva de cada centro de iniciação, definir o custeio do local, manutenção e gestão para fazer uma boa prestação de contas e, principalmente, promover o devido uso do equipamento.

Pampa, campeão olímpico de Barcelona em 1992 com a seleção brasileira de vôlei e presidente da fundação de esporte municipal de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, participou do seminário e falou sobre o compromisso de fazer um plano direcionado para que o CIE seja bem aproveitado durante todo o ano.

“O CIE tem que ter um planejamento de gestão, terceirizado ou do município, com uma aplicação de atividades esportivas para que haja ações constantes durante todo o tempo. Se houver apenas a estrutura sem nenhum plano de gestão com o desenvolvimento de ações que possam trazer as crianças para as instalações, não estaremos fazendo nem inclusão social pelo esporte e não descobriremos novos talentos, que é um dos nossos objetivos para a renovação do esporte brasileiro”, explicou Pampa.  

Foto: Breno Barros/MEFoto: Breno Barros/ME
Portas abertas para novas modalidades
Os CIEs permitem a formação de atletas de 13 esportes olímpicos (atletismo, basquete, boxe, handebol, judô, lutas, tênis de mesa, taekwondo, vôlei, esgrima, ginástica, badminton e levantamento de peso), um não olímpico (futsal) e seis paraolímpicos (esgrima em cadeira de rodas, halterofilismo, judô, tênis de mesa, vôlei sentado e goalbol).

Durante o seminário, Eduardo Pacheco e Chaves, da Federação Paulista de Rugby, entrou em contato com algumas prefeituras para apresentar o projeto de rúgbi escolar, conhecido como rúgbi tag, que é praticado em quadra e sem contato físico entre os praticantes.

“Atualmente o maior volume de atletas de rúgbi brasileiro está em São Paulo, o que representa 70% da composição da seleção nacional. A inclusão da modalidade nos projetos das prefeituras poderá despertar a curiosidade nos jovens e fazer crescer o número de praticantes do esporte em todas as regiões do país”, acrescentou.  

Seminário
O seminário Gestão de Instalações Esportivas contou com a palestra da técnica do Ministério do Esporte Débora Caldeira, que detalhou os pontos principais  na elaboração do Plano de Gestão dos Centros de Iniciação ao Esporte. O canadense John Bales, da Internacional Council for Coaching Excellence, falou sobre o papel dos diferentes atores durante o processo de formação do atleta.

Focado na gestão de instalações esportivas, Amaury Sousa, da Fundação Maurício de Souza, falou sobre a gestão da Turma da Mônica e Tematização Esportiva. Já a experiência na gestão esportiva dos Centros de Ares e Esportes Unificados foi exposta pela representante do Ministério da Cultura Isadora Tami.

A experiência do Sesc na gestão de equipamentos esportivos foi apresentada por Rose Gil. Erik Font falou sobre o projeto da Fundação Vale o projeto Vale Ouro. A gestão esportiva de Vilas Olímpicas  foi compartilhada por Paulo Ribas da Idecace.

O programa Atleta na Escola, do Ministério do Esporte, foi apresentado pelo diretor da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, André Arantes. O desenvolvimento do atleta e as medidas antropomórficas foram apresentadas por Stela Piccin da Unicamp e o tema Genoma e o Atleta do Futuro foi exposto por João Bosco da Unifesp.


 

Representantes das prefeituras municipais participam do seminário em São Paulo (Foto: Breno Barros/ME)Representantes das prefeituras municipais participam do seminário em São Paulo (Foto: Breno Barros/ME)
Saiba mais sobre o CIE:

Confira o site dos Centros de Iniciação ao Esporte

Apresentação do projeto

Breno Barros, de São Paulo
Ascom – Ministério do Esporte
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