Por meio da Lei de Incentivo, projeto no Ceará democratiza prática esportiva

Publicado em Terça, 13 Novembro 2012 15:00

Ao acreditar que o esporte é uma poderosa forma de ensinar valores, a Associação Recreativa e Esportiva para Crianças e Adolescentes (Arca) desenvolve, por meio de ações pedagógicas e de formas criativas, projetos de participação esportiva na região metropolitana de Fortaleza. Com essas atividades, a entidade ajuda a consolidar a cultura desportiva no país, utilizando como ferramenta a Lei de Incentivo ao Esporte.

Em 2012, a organização executa o projeto Clubes Juvenis, um Gol para o Futuro. A iniciativa, desenvolvida na Casa do Esporte e Cidadania, localizada na favela do Zizi Gavião, em Caucaia, atende mais de 200 jovens, com idade entre 13 e 21 anos.
    
"O projeto atual é de esporte de participação. Os clubes esportivos desenvolvem cinco modalidades, aliadas a temas transversais, por meio de oficinas em quatro eixos: protagonismo juvenil, igualdade de gêneros, participação social e meio ambiente", explica Milza Gomes Raadsen, coordenadora-geral da Arca.

Os jovens participam, de forma voluntária, dos clubes de futebol, handebol, vôlei, jiu-jitsu e xadrez. Para as meninas - "uma espécie de clube das luluzinhas"- há também ginástica. "Eles escolhem a prática esportiva com que mais se identificam, mas todos os participantes fazem o rodízio no clube do xadrez. A ideia é trabalhar o raciocínio lógico, a calma, a reflexão. Assim, tentamos contribuir para o desenvolvimento intelectual, voltado à escola. A maioria dos jovens tem um nível escolar baixo", acrescenta Milza.
 
A fórmula encontrada pela instituição foi aliar o direito ao esporte aos eixos transversais. Os temas abordados, relacionados ao cotidiano dos jovens, são desenvolvidos nas oficinas.
  
Além dos Clubes Juvenis, a Arca conta com dois novos projetos em fase de captação de recursos por meio da lei. Em 2010, a instituição desenvolveu o projeto Brincando na Rua e, no ano passado, a ação Jogos do Aprender. Todas as iniciativas têm como objetivo democratizar o esporte e o lazer e promover o direito de brincar e o fomento ao protagonismo juvenil.

Os projetos viabilizados por recursos captados pela Lei de Incentivo ao Esporte no Ceará mostram que são viáveis os investimentos em projetos esportivos sociais fora do Sudeste do país.
 
Lei de Incentivo
Regulamentada em 2007, a lei permite que empresas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos nas áreas de rendimento, participação e esporte educacional.

Desde que entrou em vigor, a Lei de Incentivo já destinou R$ 650 milhões a 1.852 projetos. Só em 2011, foram R$ 219,5 milhões, 20% a mais que em 2010 (R$ 191,9 milhões), o dobro de 2009 (R$ 110,8 milhões) e 331% a mais que o primeiro ano, 2007 (R$ 50,9 milhões).

O número de empresas que investem no esporte por meio da lei também só aumenta. As 1.503 empresas de 2011 são mais que o dobro de 2009 (645). Em 2010, 1.226 empresas patrocinaram projetos da Lei de Incentivo; em 2007, foram 54. As entidades que apresentam projetos e conseguem captar os recursos disponibilizados por ela ainda dobraram nos últimos dois anos. Em 2011, foram 349; 172 em 2009; e 12 em 2007.


Breno Barros
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte

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