Com homenagens a ídolos brasileiros, presidente Bolsonaro e Ministério da Cidadania comemoram o Dia Nacional do Futebol

Publicado em Sexta, 19 Julho 2019 16:48

O Dia Nacional do Futebol ganhou uma celebração especial nesta sexta-feira (19.07). A data, criada em 1976, é uma alusão à fundação do Sport Club Rio Grande, em 19 de julho de 1900, o primeiro clube de futebol do Brasil e ainda em atividade. Em cerimônia que contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, do ministro da Cidadania, Osmar Terra, e do secretário especial do Esporte, Décio Brasil, entre outras autoridades, o governo federal homenageou atletas e ex-atletas que marcaram, ao longo da história, o futebol brasileiro com títulos e reconhecimento internacional. 

Do futebol masculino, receberam homenagens representantes de seleções ajudaram a construir a história dos cinco títulos mundiais do país. Entre eles, Pepe, atacante campeão em 1958, Jairzinho, integrante da equipe de 1970, Mauro Silva, de 1994, e Lúcio, zagueiro em 2002. Além deles, Paulo Zagallo recebeu o tributo em nome do pai, o técnico Zagallo, dono de quatro títulos de Copas do Mundo: como jogador em 1958 e 1962, como treinador em 1970 e como assistente técnico em 1994.

“Tudo o que meu pai tem na vida, tudo o que ele conquistou, foi por meio do futebol”, destacou Paulo. “Eu me sinto lisonjeado pelo meu pai, que disputou sete Copas do Mundo pelo Brasil. Na Copa de 1950, ele estava no Maracanã servindo ao Exército e vendo a inauguração do estádio. Quem imaginava que, oito anos depois, estaria disputando uma Copa do Mundo pelo Brasil?”, contou o filho.

Bastante aplaudido ao subir ao palco, o brasiliense Lúcio também comemorou a lembrança do Dia Nacional. “O futebol mudou a minha vida e com certeza é um esporte que move o país. Nada mais justo do que ter um dia especial para a gente comemorar”, acredita o jogador, que vestiu a amarelinha em 105 partidas pela seleção, participou da conquista do pentacampeonato e marcou o gol do título da Copa das Confederações de 2009.

Foto: Francisco Medeiros/ Ministério da CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/ Ministério da Cidadania

Já Jairzinho, um dos heróis do tricampeonato mundial, em 1970, e que marcou gols em todas as partidas daquele Mundial, demonstrou emoção ao relembrar a carreira e receber a homenagem. “Fico honrado de ter recebido esse convite e estar aqui participando. Estou aqui para parabenizar quem colocou em prática esse dia espetacular, principalmente do melhor futebol do mundo, que é o brasileiro”, comemorou.

O evento ainda premiou o Sport Club Rio Grande, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e atletas do futebol feminino. A zagueira Aline Pellegrino foi homenageada pelo vice-campeonato mundial em 2007, enquanto a lateral-esquerda Tamires participou do título da Copa América de 2018. 

“Quero cumprimentar todos os profissionais do futebol, os apaixonados pelo futebol, o time masculino e o time feminino, que também tem nos dado muita alegria. Reconhecemos toda a dedicação, todo o amor, todo o carinho e o patriotismo da Seleção, lutando como gigantes no mundo todo. O futebol nos une”, declarou o presidente da República, Jair Bolsonaro. 

O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, também enalteceu a comemoração do Dia Nacional. “É um ato histórico, simbólico, que mostra o compromisso do governo e o reconhecimento do papel do futebol na história do Brasil”, elogiou. “Queremos travar aqui o nosso compromisso de que seguiremos avante nessa empreitada de continuar sendo o melhor futebol do mundo, em campo e fora de campo”, acrescentou.

Para o ministro da Cidadania, Osmar Terra, os títulos conquistados pela seleção fazem parte da memória da população. “O futebol está vivo na memória de todos como nenhuma outra atividade esportiva e cultural”, disse, ressaltando ainda o papel de transformação social. “Ele é um poderoso instrumento de divulgação do país e de inclusão social. Aí está a virtude desse ministério: integrar o social com o esporte. Se conseguirmos, e estamos trabalhando para isso, ter todos os meninos no contraturno da escola, no Brasil inteiro, disputando campeonatos regionais, e com ex-atletas nos ajudando nisso, vamos mudar o Brasil. Isso diminui a criminalidade, a violência, descobre talentos adormecidos”, afirmou.

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Nova fase

De acordo com Ronaldo Lima, secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, a celebração desta sexta-feira marcou também um novo momento para o futebol no Brasil. “Estamos hoje lançando uma semente. Vamos iniciar na indústria do futebol uma nova vida, uma nova etapa, plena de ações e realizações”, declarou. Temos estabelecido com a Confederação Brasileira de Futebol uma parceria bem estreita, de cunho eminentemente social, de apoio à cidadania, com nosso Seleções do Futuro e o CBF Social”, afirmou.

Lima disse ainda que um dos objetivos da Secretaria de Futebol é promover a regulamentação e a profissionalização do futebol feminino, além de ajustar a legislação em torno da modalidade. “Queremos implementar e impulsionar juntos as atualizações da Lei Pelé e a criação do Estatuto do Futebol, como marco regulatório e renovador, a fim de resgatar a hegemonia do futebol brasileiro”, comentou.

O secretário especial do Esporte, Décio Brasil, também confirmou o compromisso do governo para a construção de uma política nacional de esporte. “Além de desenvolver o esporte de alto rendimento, a secretaria trabalha com ações de inclusão social por meio do esporte, garantindo à população brasileira o acesso gratuito à prática esportiva, qualidade de vida e desenvolvimento humano”, explicou, destacando ainda o trabalho desenvolvido ao longo da Copa América contra a violência nos estádios.

Ex-jogador e hoje à frente da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), Washinton Cerqueira ressaltou a paixão dos brasileiros pela modalidade. “O futebol envolve paixões do Brasil inteiro, movimenta a economia do nosso país, já parou guerras”, afirmou o Coração Valente. “Agora, como gestor, e podendo homenagear o futebol, o esporte que pratiquei e com que conquistei a minha vida, fico lisonjeado e feliz”, completou.

Ana Cláudia Felizola – Ministério da Cidadania