Confederação de judô e Secretaria do Esporte discutem intercâmbio com o Japão

Publicado em Quinta, 07 Fevereiro 2019 16:57

Desde 2016, o Brasil e o Japão mantêm uma parceria para a troca de experiências esportivas e de organização dos Jogos Olímpicos. Uma das iniciativas, assinada durante o Fórum Mundial de Cultura e Esporte, teve como objetivo o envio de professores brasileiros de judô para um treinamento no Japão, a fim de conhecerem a forma de ensino da modalidade em escolas públicas e replicarem o modelo no Brasil. Nesta quinta-feira (07.02), o secretário especial do Esporte, Marco Aurélio Vieira, recebeu o presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Silvio Acácio Borges, para discutir a próxima fase do projeto.

Ao todo, 15 profissionais brasileiros já passaram pelo curso do Instituto Kodokan, em parceria com a Universidade Tsukuba. “Tivemos uma reunião proveitosa tendo em vista o projeto de intercâmbio que já ocorreu anteriormente”, comentou o secretário. “Pedimos à confederação que partilhe conosco aquilo que foi aprendido e trocado com os japoneses em termos de introdução do judô na escola e solicitamos a eles que, nos próximos projetos, a participação da política pública brasileira de esporte seja mais efetiva”.

Foto: Francisco Medeiros/Secretaria Especial do Esporte/Ministério da CidadaniaFoto: Francisco Medeiros/Secretaria Especial do Esporte/Ministério da Cidadania

A proposta, encabeçada pela Embaixada do Japão no Brasil e com direção da CBJ, é que a arte marcial seja introduzida no currículo das escolas públicas brasileiras, com foco em valores como disciplina e respeito, pregados pelo judô. “O secretário se mostrou propenso a efetivar essa parceria, ele vê a importância que a modalidade tem na formação do indivíduo”, afirmou Silvio Acácio Borges. “Temos um trabalho de base forte nas academias, nas associações, nos clubes. Essa proposta do Japão é diferente. Hoje a gente tem um trabalho muito voltado para o social, e a proposta do Japão é educacional. Com certeza vamos evoluir ainda mais”, explicou.

Participaram também do encontro a secretária indicada para a Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), Carla Ribeiro; o gestor de eventos da CBJ, Matheus Theotônio; o primeiro secretário da Embaixada do Japão, Hisayoshi Muto; e o terceiro secretário Takuya Okumura.

Ano pré-olímpico

Paralelamente à iniciativa voltada para a base e a iniciação esportiva, o alto rendimento do judô brasileiro segue a todo vapor nos compromissos pré-olímpicos. Em busca de pontos no ranking classificatório para Tóquio 2020, a seleção feminina disputa neste fim de semana o tradicional Grand Slam de Paris. Já o elenco masculino passou por um treinamento de campo no Japão e fará a estreia da temporada no Grand Slam de Dusseldorf, no fim do mês.

“O momento é crucial na busca de pontos, de efetivar o ranking para estarmos em Tóquio com uma equipe completa”, comentou o presidente da entidade. “Neste ano também temos os Jogos Pan-Americanos, que serão um medidor para nós, e o Mundial no Japão. São grandes eventos pela frente e estamos com uma boa expectativa. Sempre tivemos boa representação nas Olimpíadas anteriores e a gente busca essa qualificação ainda melhor”, afirmou, confiante de que o Brasil trará medalhas do país berço do judô.

“Tem medalha para todos. Os japoneses vão pegar muitas, sim, até porque o resultado deles já mostra isso, mas nós e outros países fortes também estamos na busca por espaço naquele pódio. Tenho certeza de que vamos, sim, subir naquele pódio. Essa é a nossa missão e esperança”, disse o presidente.

Ana Cláudia Felizola – Rededoesporte.gov.br