Ministério do Esporte Brasileira se destaca nos Jogos Escolares Sul-Americanos de Arequipa e se torna esperança de futuras medalhas para o país no atletismo
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Brasileira se destaca nos Jogos Escolares Sul-Americanos de Arequipa e se torna esperança de futuras medalhas para o país no atletismo

Os Jogos Escolares Sul-Americanos 2018, competição que reúne, em Arequipa, no Peru, estudantes de 12 países do continente, com idade entre 12 e 14 anos, pode ter visto nascer mais uma estrela brasileira para o esporte mundial: Júlia Barbosa.

Uma menina de 13 anos, de jeito simples e sorriso fácil, ainda quase uma criança, que no meio das colegas da equipe brasileira de atletismo não lembra em nada a atleta capaz de lançar de lançar um disco de metal de 750 gramas a uma distância de 45,28m, como fez em Arequipa, na última terça-feira (4.12). Logo no seu primeiro lançamento, ela garantiu mais uma medalha de ouro para o Brasil.

Júlia Barbosa mostra a medalha de ouro conquistada no arremesso de disco em Arequipa. Foto: Rafael Brais/MEJúlia Barbosa mostra a medalha de ouro conquistada no arremesso de disco em Arequipa. Foto: Rafael Brais/ME

Segundo os dados oficiais dos Jogos, o resultado foi quase quatro metros acima da segunda colocada na prova. Entretanto, a marca ficou abaixo dos 45,46m, sua melhor marca, conseguida na etapa nacional dos Jogos Escolares da Juventude, realizados em Natal (RN). em novembro. Esse foi o arremesso que fez dela dela a primeira colocada no ranking brasileiro da categoria sub-16.

Júlia nasceu em Bauru (SP) e foi criada em Adamantina, cidade do interior paulista com uma população estimada em pouco mais de 35 mil habitantes, segundo o IBGE. Foi para la que a família se mudou atendendo um pedido da própria Júlia, que queria ter uma infância tranquila e longe da agitação das grandes cidades.

Aluna da Escola Cristã, Júlia garante toda a dedicação aos treinos vale a pena. Considera que o esporte mudou sua vida, inclusive sua saúde, já que estava sempre acima do peso e brigando com a balança. “O esporte me ajudou muito. Eu era sedentária e portanto o esporte só me ajudou muito. Eu consigo conciliar os estudos com os treinos e sou uma das melhores alunas da minha sala, com as melhores notas. A minha escola até me deu uma bolsa de estudo, pois valoriza muito o esporte”, diz a atleta.

Esta semana, enquanto disputava as provas de atletismo no Peru, Júlia recebeu dois títulos: de melhor aluna da escola, resultado de provas realizadas com a participação de todos os alunos da mesma série, e também o de melhor atleta. Por isso, enquanto ela competia em Arequipa e conquistava sua medalha de ouro no atletismo, em Adamantina sua mãe foi até a escola onde ela estuda receber as duas medalhas.

Apesar da pouca idade, Júlia sonha grande. “Quero ir para o Mundial de Atletismo em 2019, para o Gymnasiade (maior evento de esporte escolar do mundo, organizado IFS - Federação Internacional do Desporto Escolar), em 2020, que será realizada em Tóquio, e quero participar das Olimpíadas de Paris, em 2024”, enumera.

Na trilha do pai

Julia segue os passos do pai, Carlos Alberto Gomes Barbosa, conhecido como Carlão, um professor universitário em Adamantina, ex-atleta do declato, que só no ano passado, aos 46 anos, parou de competir por problemas de contusão, embora ainda mantivesse índices no ranking da Federação de Atletismo, no lançamento de disco.

A iniciativa de começar no esporte foi da própria Julia, que aos 11 anos surpreendeu o pai quando pediu para praticar o lançamento de disco. Ela foi além e pediu que ele fosse seu treinador. Pouco depois veio uma nova surpresa: logo nas primeiras semanas de treinamento ficou claro que a filha tinha razão na escolha da modalidade. Ela conseguiu conseguiu marcas muito próximas dos índices nacionais de sua categoria.

Júlia e o pai e treinador, Carlos Barbosa: sucesso em família. Foto: Rafael Brais/MEJúlia e o pai e treinador, Carlos Barbosa: sucesso em família. Foto: Rafael Brais/ME

No ano passado, na sua primeira competição internacional, os Jogos Escolares Sul-Americanos, realizados em Cochabamba, na Bolívia, Júlia ficou em segundo lugar após um lançamento de 39 metros, apesar de ter “enfrentado problemas de saúde durante as competições”, em suas próprias palavras.

“Hoje, a gente pode considerar que a Júlia é, sim, a melhor atleta sul-americana. No Brasil ela vem batendo todos os recordes. Nos Jogos Escolares da Juventude deste ano, em Natal, em bateu o recorde quatro vezes. Ela ia batendo o recorde dela mesma”, ressalta o pai.

Sobre o Futuro da filha, o pai-treinador tem um objetivo bem definido. “Chegar em 2024, quando ela tiver 20 anos, com índice olímpico. Nosso objetivo é chegar em 2024 numa Olimpíada.”

Carlão também tem dedicado o tempo livre entre as aulas na faculdade e os treinos da filha a um projeto social criado por ele para orientar jovens atletas, “Eu sou treinador voluntário na minha cidade e ocupo os horários em que não estou dando aula para fazer um trabalho social em que as crianças vêm treinar comigo apenas para fazer as provas de lançamento e arremesso. E eu estou conseguindo arrebanhar alguns talentos. Mas, o meu primeiro talento foi, sem dúvida, a Júlia”, encerra Carlos Alberto.

Clóvis Souza, de Arequipa, no Peru
Ministério do Esporte

 

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