Ministério do Esporte conhece estrutura e forma de gestão do clube de Kaká e Marta nos EUA

Publicado em Domingo, 25 Março 2018 14:10

Com o objetivo de tratar de governança, operações de estádio e melhores práticas no futebol, representantes do governo federal conheceram neste sábado (24.03), na cidade de Orlando (Estados Unidos), a estrutura e o modelo de gestão do Orlando City Soccer Club. A agenda contou com a presença de dirigentes brasileiros do time, como o proprietário, Flávio da Silva; o CEO, Alex Leitão; e o vice-presidente de Comunicação da entidade, Diogo Kotscho. Após a visita técnica, o Ministério do Esporte prestigiou a estreia do Orlando Pride na Liga Feminina, contra o Utah Royals (1 x 1). Jónsdóttir abriu o placar para as visitantes, e a brasileira Marta, eleita cinco vezes melhor jogadora do mundo, empatou para as donas da casa.

Foto: Rafael Brais/MEFoto: Rafael Brais/ME

Durante a visita institucional, o vice-presidente de Comunicação do Orlando City, Diogo Kotscho, apresentou as dependências do estádio para o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, André Argôlo, e para o presidente da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT), Luiz Mello. Eles conheceram o campo, as arquibancadas, os portões e o sistema de acesso dos torcedores, as áreas de marketing e de comunicação. Eles trataram também do cadastramento de torcedores e do acesso à arena em dias de jogo. O Orlando City possui um sistema de ingressos 100% online e, em breve, será um dos primeiros da Major League Soccer (MLS) a implementar a entrada de torcedores por meio de biometria.

O secretário André Argôlo, elogiou a estrutura do Orlando City e destacou a forma como o clube trata o futebol. "O sucesso do Orlando City é resultado de uma ação profissional, planejada e que, acima de tudo, trata o torcedor com respeito", comentou. Argôlo explicou que o governo brasileiro tem implementado uma série de medidas para fortalecer a gestão no futebol e nas entidades esportivas. "Atualmente temos mecanismos de controle, como o PROFUT (Programa de Modernização da Gestão e Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), que vão garantir a sustentabilidade dos clubes a longo prazo", comentou.

Há poucos anos na MLS, a liga masculina, e na NWSL (National Women's Soccer League), a liga feminina, o clube onde Kaká jogou e a rainha Marta joga tem mostrado que o futebol está alcançando cada vez mais espaço na vida dos norte-americanos. O Orlando City já comercializou 19 mil ingressos de temporada, ou seja, carnês que garantem o torcedor em todos os jogos do time em casa. Esse tipo de estratégia permite que a agremiação possa planejar as ações para o próximo ano sabendo os recursos que terá para isso.

O Orlando City Stadium, recém-construído, tem uma estrutura moderna e capacidade para 25.500 pessoas. Na MLS, o estádio fica lotado em todas as partidas. Na NWLS, a perspectiva é de que o público crescente também encha as arquibancadas. No jogo de estreia de Marta, 9 mil torcedores estiveram presentes.

O presidente da APFUT, Luiz Mello, ressaltou a estrutura organizacional do Orlando City, com a criação de áreas específicas para atendimento dos chamados season holders (torcedores que compram ingressos para toda a temporada). "É um modelo de governança e boas práticas dentro de uma entidade esportiva relativamente jovem e que vem se destacando nos último anos", comentou.

Foto: Rafael Brais/MEFoto: Rafael Brais/ME

O CEO do Orlando City, Alex Leitão, explicou que a concepção do projeto Orlando City partiu do entendimento de que o maior mercado consumidor do mundo também estaria pronto para experimentar o futebol. "Conseguimos antever um crescimento do futebol aqui nos Estados Unidos, olhando pela quantidade de crianças que praticam esporte, pelo crescimento que vem acontecendo do infantil nas escolinhas, nas clínicas (da modalidade). Então, a gente imaginou que o futebol iria ter uma relevância grande nos Estados Unidos", comentou, citando que houve um grande período de estudos sobre a liga de futebol norte-americana, sobre o processo de iniciar um time de futebol. "Queremos continuar crescendo e gerando valores. E, evidentemente, ganhando jogos, disputando títulos. Isso é o que a gente deseja", completou.

Rafael Brais, de Orlando (EUA)
Ascom - Ministério do Esporte