Com novo planejamento para 2018, COB participa de reunião no Ministério do Esporte

Publicado em Terça, 17 Outubro 2017 17:58

Foto: Ana Claudia Felizola/MEFoto: Ana Claudia Felizola/ME

Sob nova gestão, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) teve a primeira reunião com o Ministério do Esporte nesta terça-feira (17.10). Diante também de deputados da Comissão do Esporte da Câmara, integrantes da entidade comentaram o planejamento para o próximo ciclo olímpico, sobretudo em relação à distribuição dos recursos da Lei Agnelo/Piva às confederações em 2018. Em seguida, o presidente Paulo Wanderley apresentou ao ministro Leonardo Picciani as propostas da nova diretoria do COB.

“Foi um encontro na intenção de uma aproximação com o ministério e para me apresentar como presidente de forma definitiva até 2020. Também vim trazer algumas informações a respeito de ações que nós estamos fazendo com relação à nossa assembleia geral extraordinária, que foi realizada recentemente, onde foi eleita uma comissão de reavaliação estatutária”, explicou Paulo Wanderley. “Vim informá-lo também em relação a contatos que tivemos com o Comitê Olímpico Internacional”, acrescentou.

À frente do COB desde o dia 11 de outubro, o presidente também comentou o novo desafio. “A gente que vem do esporte trabalha sempre com o objetivo de superação, estabilidade, tranquilidade, e de trabalhar para o crescimento do nosso esporte como um todo. A mola mestra, o que motiva o Comitê Olímpico do Brasil, é a área esportiva olímpica. E, nesse aspecto, nós só temos que implementar, porque está indo muito bem”, apontou. “Os eventos não deixaram de ocorrer, o que está programado será realizado. É um desafio, sim, mas estamos acostumados a isso”, completou o gestor.

Critérios

Mais cedo, representantes do COB apresentaram no Ministério do Esporte os novos critérios que serão implantados para a distribuição dos recursos da Lei Agnelo/Piva, arrecadados por meio das loterias federais, às confederações brasileiras em 2018. “No ano passado, nós aplicamos dez critérios para a distribuição de verbas para as confederações em 2017. Neste ano fizemos um novo estudo dos critérios, considerando as características próprias de cada confederação”, explicou Adriana Behar, gerente-geral de Planejamento e Relacionamento com as Confederações.

“Foram reavaliados e ajustados os critérios usados em 2017, com um alinhamento com os pilares do mapa estratégico do COB: de melhorar os resultados esportivos, a maturidade em gestão e a imagem do esporte olímpico brasileiro”, ponderou Adriana.

Na próxima terça-feira (24.10), o COB fará a divulgação dos critérios e do orçamento de 2018 para as confederações e para a imprensa. A partir do dia 31, serão realizadas reuniões para aprovação do plano de trabalho de 2018 com cada confederação. “Demos o primeiro passo com uma demonstração prática de que o COB está abrindo esses critérios para todos indistintamente. Queremos dar publicidade e transparência ao que está sendo feito. Na próxima terça, toda a comunidade envolvida com o esporte também está convidada para participar”, afirma o presidente do Comitê, Paulo Wanderley.

“O mais importante desse processo é a gente abrir para que as pessoas saibam como foi feito, qual a base utilizada para chegar a esses critérios. É uma base matemática, estudada, com critérios técnicos, estatísticas, com valores e pesos para cada um”, destaca o ex-atleta olímpico e diretor executivo de Esportes do COB, Agberto Guimarães.

De acordo com o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio, o planejamento apresentado pelo COB será levado também ao Conselho Nacional do Esporte. “A apresentação nos deixou bastante satisfeitos e agora poderemos avançar para, no dia 24 de novembro, apresentar no CNE toda a documentação determinada pela lei”, acrescentou Rogério Sampaio.

Também participaram do encontro a gestora de Esporte e o gerente-geral de Alto Rendimento do COB, Mariana de Mello e Jorge Bichara, o secretário executivo da Comissão do Esporte (CESPO) da Câmara dos Deputados, Lindberg Aziz, e o deputado João Derly, além da vice-presidente da Comissão de Atletas do COB, Yane Marques. Entre os representantes do Ministério do Esporte, compareceram ainda o coordenador geral do Bolsa Atleta, Mosiah Rodrigues, o diretor do Departamento de Esporte de Base e de Alto Rendimento (DEBAR), Raimundo Neto, e o coordenador geral de Rede Nacional de Treinamento e Cidade Esportiva (CGTCE), Rafael Azevedo.

Lei Agnelo/Piva

A Lei Agnelo/Piva (nº 10.264), sancionada em julho de 2001, destina recursos das loterias federais para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). Parte do valor arrecadado pelas entidades ainda é destinado ao investimento no desporto escolar e no universitário.

Foto: Roberto Castro/MEFoto: Roberto Castro/ME

Ana Cláudia Felizola e Luiz Roberto Magalhães - rededoesporte.gov.br