Com apoio do Ministério do Esporte, Maricá sedia 2ª Jornada Esportiva e Cultural Indígena

Publicado em Segunda, 24 Abril 2017 16:58

A aldeia Tekoa Ka’ Aguy Ovy Porã (Aldeia Mata Verde Bonita), na cidade de Maricá (RJ) recebeu, entre os dias 20 e 23 de abril, a 2ª Jornada Esportiva e Cultural Indígena (JECI 2017). Com manifestações culturais - como apresentação de danças, música e gastronomia indígenas - e competições esportivas, como cabo de guerra, luta corporal, maracá, natação, arco e flecha, arremesso de lança e futebol , o evento reúne 16 povos de cinco Estados do Brasil. A JECI 2017 tem o apoio do Ministério do Esporte, por meio de convênio com a Prefeitura de Maricá.

Foto: Rafael Brais/MEFoto: Rafael Brais/ME

O Ministério do Esporte, representado pelo secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes, esteve presente ao evento nesta sexta-feira (21.04). Foto: Rafael Brais/MEO Ministério do Esporte, representado pelo secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, Leandro Fróes, esteve presente ao evento nesta sexta-feira (21.04). Foto: Rafael Brais/ME

Para o cacique da Aldeia Mata Verde Bonita, Darcy Tupã, a realização da Jornada Indígena é um grande presente para o seu povo e seus parentes. "Estamos nos dedicando desde o ano passado para essa jornada esportiva. Essas lágrimas que estão caindo são de emoção, estou há três dias assim. É uma sensação de dever cumprido", disse. "Maricá vai mostrar para o mundo como derrubar barreiras e preconceitos. Eu sempre falo que a nossa evolução no passado interferiu no nosso presente e Maricá está ajudando a curar essas feridas", afirmou.

De acordo com a prefeitura de Maricá, cerca de 70 profissionais trabalham na organização da Jornada Indígena, que vai deixar um legado para a cidade, como a divulgação da importância da cultura indígenas, o significado das pinturas corporais e a promoção do respeito aos primeiros habitantes do país. Além disso, para evento, a aldeia recebeu iluminação pública definitiva.

O prefeito de Maricá, Fabiano Horta, salientou a importância do evento para a cidade e para fortalecer a cultura indígena para ia maricaenses e para os próprios indígenas. "Para nós é uma grande satisfação, uma reafirmação e valorização da cultura indígena para os próprios índios e para a própria sociedade. Há uma grande troca cultural, de aprendizado desse povo responsável pela formação do país", comentou.

Para Horta, a JECI 2017 promove, acima de tudo, o relacionamento entre seres humanos. "É uma satisfação para Maricá receber esse evento, que é uma grande troca entre homens e será um grande aprendizado para os visitantes que aqui estarão aqui e, acima de tudo, para valorização da cultura indígena", concluiu.

Abertura

Durante a solenidade de abertura da JECI 2017, na aldeia Mata Verde Bonita, realizada na quinta-feira (20.04), o público presente pode conferir o acendimento da chama olímpica em totem indígena, apresentações da bateria da escola de samba União de Maracá e de cânticos indígenas das delegações participantes. A abertura encerrou com o show da cantora Jô Borges.

Rafael Brais - Ministério do Esporte