Ministério do Esporte Em entrevista ao Portal da Copa, "Capita" descreveu gol que selou o tricampeonato mundial
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Em entrevista ao Portal da Copa, "Capita" descreveu gol que selou o tricampeonato mundial

Carlos Alberto Torres, primeiro em pé à esquerda, em partida pela seleção  contra a Colômbia, pelas Eliminatórias, em 1969. (Foto: CBF)Carlos Alberto Torres, primeiro em pé à esquerda, em partida pela seleção contra a Colômbia, pelas Eliminatórias, em 1969. (Foto: CBF)

O esporte está de luto pela morte do “Capita”. Um dos melhores laterais-direitos da história do futebol, Carlos Alberto Torres foi vítima de um infarto aos 72 anos, nesta terça-feira (25.10). Peça fundamental daquela que é considerada a maior seleção de todos os tempos, o jogador foi o autor do gol que fechou o placar de 4 x 1 na final contra a Itália na Copa do Mundo de 1970, no México, após passe de Pelé.

Em entrevista ao Portal da Copa, em 2012, o Capita lembrou do golaço que coroou a campanha do tricampeonato mundial do Brasil e destacou que aquele era um lance ensaiado pelo técnico Zagallo nos treinos: “Aquela jogada nós sabíamos, orientados pelo Zagallo, sabíamos que aquela situação, em algum momento do jogo, podia ocorrer. Não foi uma situação de improvisação, de orelhada, no bom sentido. A seleção da Itália jogava de uma maneira que marcava homem a homem. Então a orientação do Zagallo era para que o Jairzinho procurasse levar o marcador dele, o falecido Fachetti, para o lado esquerdo. O Tostão chegava para lá, o Pelé chegava para lá, para abrir espaço.

Logicamente que isso não ocorre em todo momento do jogo. A gente sabia que poderia ocorrer. E ocorreu no final. Foi um momento em que a gente estava ganhando de 3 x 1. A vitória estava garantida. Faltavam três ou quatro minutos. Eu, que jogava lá atrás, poderia ficar lá. Mas eu lembrei na hora, o Pelé lembrou, todos lembramos da orientação do Zagallo. Então o Tostão recuou e tomou a bola do jogador italiano. E o Piazza poderia ter recuado para o goleiro para passar o tempo. Mas aí começamos um toque de bola porque o objetivo daquela seleção era sempre jogar para frente. E eu percebi que estava todo o time para o lado esquerdo e um espaço todo aberto na direita. Fui porque sabia. Quando o Jairzinho pegou a bola, fechou para a direita e deu para o Pelé, eu sabia que o passe viria. Foi uma jogada de toque de bola envolvente.

Pela jogada, muita gente aponta como o mais bonito de todas as Copas. Pela jogada, como foi trabalhada. Dizem que a bola subiu, né? Na hora nem vi. Depois, vendo o teipe em câmara lenta, a gente vê que a bola subiu um pouquinho. Mas acho que o bacana foi que a bola saiu baixinha. Não subiu nem meia altura. Foi baixinha porque, da maneira como cheguei à jogada, na passada certa, não tive que ajeitar para chutar. Por isso o chute saiu tão forte. Então, acho que mesmo se a bola não tivesse subido aquele pouquinho, faria o gol de qualquer maneira”.

Além do título mundial em 1970, o Capita conquistou a Copa Rio Branco e a Taça Oswaldo Cruz, ambas em 1968, e a medalha de ouro no Pan-Americano de 1963 pela seleção brasileira. No total, foram 68 partidas pela equipe principal e quatro pela olímpica, com nove gols marcados.

O carioca Carlos Alberto Torres defendeu as cores de Fluminense, Botafogo, Flamengo e Santos. Também atuou no New York Cosmos (EUA), ao lado de Pelé, com quem já havia jogado no "Peixe". No "Tricolor" conquistou, dentre outros títulos, três campeonatos cariocas: 1964, 1975, 1976. Pelo time da Vila Belmiro foram dois campeonatos brasileiros (1965 e 1968), cinco paulistas (1965, 1967, 1968, 1969 e 1973), um Rio-São Paulo (1966) e uma Recopa Sul-Americana (1968).

Após pendurar as chuteiras, o Capita foi treinador de várias equipes nacionais e internacionais. No seu primeiro ano como técnico, foi campeão brasileiro pelo Flamengo em 1983. No ano seguinte, conquistou o carioca pelo Fluminense e, em 1993, a Copa Conmebol pelo Botafogo. Atualmente, Carlos Alberto Torres era comentarista esportivo na TV. Diversos atletas, clubes, a CBF e a FIFA prestam homenagem ao tricampeão nesta terça-feira. 

Ascom - Ministério do Esporte

Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla