Copa Brasil: Joon Shim conquista Rating I e lembra Hugo Calderano: 'Quero jogar pelo Brasil assim como ele'

Publicado em Quinta, 06 Outubro 2016 09:21
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Os olhos puxados e o cabelo liso, a primeira vista, não chamam a atenção, uma vez que boa parte dos praticantes de tênis de mesa têm descendência oriental. Porém, para Joon Shim, do Atemel/Acel Londrina - PR, o outro lado do mundo está muito mais presente que apenas no biotipo físico ou no sobrenome. Nascido na Coreia do Sul, o pequeno atleta veio para o Brasil com quatro anos e aprendeu o esporte através dos ensinamentos do pai. Aos 12, foi um dos destaques do primeiro dia da Copa Brasil Sul-Sudeste II de tênis de mesa, que acontece em Toledo, no Paraná, ao subir no lugar mais alto do pódio do Rating I. Após três vitórias, bateu Leonardo Terra, do ADR Itaim Keiko/S.J. dos Campos - SP, na final, por 3 sets a 0 (11/5; 11/2 e 11/8).  
 
O rosto de criança e o sorriso inocente escondem a determinação e vontade de Joon, que, ao ir à mesa, parece não se intimidar com nada. O jovem fez questão de salientar o trabalho com William Kumagai, técnico do clube em que atua. "Depois que fui para Londrina, esse ano, venho conseguindo alguns bons resultados. Consegui ganhar de atletas bem fortes nesta competição, o que mostra que estou no caminho certo e aprendendo certo. O Willian está sendo muito importante para mim. Estou muito feliz porque minha rotina é puxada, tenho aula de manhã e à tarde, tenho de estudar e vou treinar após tudo isso. Fazer tudo isso, chegar no campeonato e conseguir esses bons resultados, me anima muito. Está valendo muito a pena", disse.
 
Ele ressaltou o sonho de ser atleta profissional, lembrando Hugo Calderano, atual 31º no ranking mundial: "Tenho o sonho de um dia ir para um Mundial, me classificar para os Jogos Olímpicos, jogar pelo Brasil e ganhar algo para o país, como o Calderano está fazendo, é meu objetivo. Vou batalhar para isso".
 
Joon fala coreano fluentemente e lembrou o difícil começo no aprendizado do português, mas não pela língua, e sim pelas brincadeiras das quais era alvo. "No começo, era difícil mesmo por causa dos amigos. Eles me zoavam bastante que eu não falava nada, ficava por último na sala quando tinha coisa para copiar, tinha de fazer caligrafia... E meu nome é Joon Shim também, né? (risos). Então, no começo foi bem difícil, mas quando cheguei aos seis anos, já conseguia falar, ler... Tinham vários exercícios legais que ajudaram nessa alfabetização. Logo meu desempenho na escola melhorou e isso acabou", recorda.
 
E ele não esconde a vontade de voltar à Coreia do Sul para não apenas rever familiares, mas também aprender mais sobre o tênis de mesa. "Eu quero voltar. Saí de lá pequeno e queria ter um novo contato com minha família, principalmente, por parte de mãe, que são parentes que lembro menos. Ir para visitar meus avós... (risos). E, além disso, poder conhecer alguns clubes e métodos de treinamentos aplicados lá para eu aperfeiçoar ainda mais".
 
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
 
Fonte: CBTM
Ascom – Ministério do Esporte