De virada, Brasil vence Marrocos na busca pelo tetra no futebol de 5

Publicado em Sexta, 09 Setembro 2016 13:46
André Motta/brasi2016.gov.brAndré Motta/brasi2016.gov.br
A Seleção Brasileira de futebol de 5 entrou em campo, nesta sexta-feira (09.09), no primeiro desafio em busca da quarta medalha de ouro paralímpica. De cara, os jogadores da equipe verde e amarela sentiram que não será fácil manter a hegemonia conquistada em três edições de Jogos Paralímpicos. No campo montado na quadra 1 do Centro Olímpico de Tênis, no Parque Olímpico da Barra, o Brasil superou o bloqueio defensivo de Marrocos e venceu a partida por 3 a 1, de virada, com gols de Ricardinho, Jefinho e Nonato.
 
“Nós começamos tocando bem a bola. Como a gente saiu perdendo, tivemos que acelerar o jogo e procurar as jogadas individuais. O nosso grupo mostrou mais uma vez que está preparado para as adversidades do futebol. Não tem jogo fácil. Nem sempre a gente começa ganhando. Foi um jogo difícil. O Luan pegou bolas complicadas e ajudou a segurar o placar. Entretanto, no segundo tempo o nosso futebol sobressaiu e encaixamos os gols”, analisou Ricardinho, camisa 10 do Brasil e autor do gol de empate.
 
A equipe tricampeã de futebol para cegos mostrou um jogo ofensivo, com os africanos fechados na defesa. A seleção manteve a posse de bola a maior parte do tempo. Para o técnico da Seleção Brasileira, Fábio Vasconcelos, a estreia mostrou que o torneio paralímpico será difícil.
 
“Sabemos que nas Paralimpíadas não têm jogo fácil. Teoricamente, o Marrocos é a seleção que tem menos experiência no grupo, mas mostrou que é uma equipe perigosa, fez um gol e dificultou a nossa vida. O bom é que fica de lição que brigamos o tempo todo pela vitória”, afirma.  
 
André Motta/brasil2016.gov.brAndré Motta/brasil2016.gov.br
 
O Jogo
Nas arquibancadas silêncio. No campo o barulho do guizo da bola e as orientações dos técnicos, guias e goleiros. No país do futebol, acompanhar a partida de futebol de 5 é uma experiência única. Gritos? Só quando a bola para e nos gols. Os torcedores viram muitos dribles, passes, roubadas de bolas, belas jogadas e gols.
 
A seleção brasileira entrou em campo com Luan, Cassio, Definho, Nonato e Ricardinho — eleito duas vezes o melhor jogador do mundo (2006 e 2014).   
 
Aos 13 minutos, o Marrocos abriu o placar com Abderrazak Hattab. Atrás no marcador, o Brasil, com time ofensivo com três atacantes, pressionou os africanos. A equipe nacional chegou a perder três pênaltis antes de empatar a partida.
 
O gol brasileiro saiu somente no segundo tempo. Ricardinho foi o primeiro a balançar a rede. Cinco minutos depois, Jefinho virou o placar para o Brasil. O último gol veio dos pés de Nonato.
 
“A torcida nos ajudou muito. Foi o diferencial para termos força de reverter o placar. Demos um bom passo para o começo dessa história que espero que termine com a medalha de ouro”, disse o capitão Ricardinho.
Na primeira fase, a seleção enfrenta a Turquia, no dia 11, e o Irã, no dia 13 de setembro. Desde a estreia do futebol de 5 nos Jogos Paralímpicos, em Atenas 204, todas as edições foram vencidas pelo Brasil. Depois da conquista do tricampeonato consecutivo em Londres, a equipe recebeu o prêmio do Paralympic Sport Awards, do Comitê Paralímpico Internacional.
 
Desde 2010, o Ministério do Esporte celebrou 17 convênios com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que somam R$ 67,3 milhões. Os convênios contemplam a preparação das seleções permanentes de várias modalidades, entre elas, a de futebol de 5. A preparação incluiu a realização de treinamento no Brasil e no exterior e a participação em competições internacionais.
 
Sobre o futebol de 5
O goleiro é o único que tem visão total. Os jogadores usam uma venda nos olhos. O chamador, como é conhecido o guia, fica atrás do gol orientando os jogadores. O técnico e o goleiro também auxilia os jogadores. O jogo tem 25 minutos e intervalo de 10 minutos.
 
Breno Barros
Ascom - Ministério do Esporte